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História

Na década de 1960, Cubatão contava com 18 grandes indústrias, sendo uma refinaria, uma siderúrgica, sete de fertilizantes e nove de produtos químicos. A construção delas aconteceu de forma indevida e invasiva ao meio ambiente. Em 15 anos cerca de 60 Km² de Mata Atlântica havia sofrido a degradação, formando uma clareira que podia ser vista por quem descesse a Serra do Mar.

O intenso volume que as indústrias trabalhavam, eliminando quantidades enormes de poluentes no ar e nos rios de forma descontrolada, começou a ter consequências catastróficas visíveis e preocupantes. 

O ar de Cubatão no início dos anos 80 era denso, possuía cheiro e cor. Cerca de 30 mil toneladas de poluentes eram lançadas por mês no ar da cidade, peixes e pássaros sumiram da poluição de Cubatão, pois não havia condições naturais para sobreviverem e nem para se reproduzirem, mas o estado só começou a intervir quando os danos à saúde da população começaram a demonstrar números alarmantes.

Entre outubro de 1981 e abril de 1982, cerca 1.800 crianças nasceram na cidade, destas, 37 já nasceram mortas, outras apresentavam graves problemas neurológicos e anencefalia. Cubatão era líder em casos de problemas respiratórios no país.

A expressão Vale da Morte, em referência ao município de Cubatão, ganhava projeção nacional, passando a cidade a ser vista como doentia e condenada 

 

O Recomeço..

O governo do estado convocou a CETESB para que fizesse um mapeamento e estudo das causas da poluição na cidade litorânea, com isso, a partir de 1983 foi implantado um plano de recuperação ambiental. Governantes, industriais e população passaram a trabalhar em conjunto pela recuperação da saúde local. Em 1989 as 320 fontes poluentes que existiam na época já estavam controladas.

O plano de controle ambiental foi feito com medições constantes das emissões de poluentes no ar e do controle da despoluição dos rios, causados pelo despejo de substâncias tóxicas indevidas em grande escala, gerenciamento por conta do estado e investimento em maquinário moderno por conta das indústrias. Metas a serem seguidas e um planejamento rigoroso foram essenciais para que a situação fosse controlada, segundo arquivo da secretaria do meio ambiente do estado de São Paulo. Além do controle das emissões de poluentes, também foram feitos planos de recuperação da Mata Atlântica com o replantio da vegetação nativa.

A volta do guará-vermelho, pássaro típico da região, foi o marco de que a qualidade de vida voltava à cidade. Em 1992, durante a Eco 92, Cubatão foi apontada pela ONU como Símbolo de Recuperação Ambiental, tendo 98% do nível de poluentes controlados, e passou a ser exemplo em todo o mundo como a cidade que renasceu das sombras da poluição.

Durante o trajeto até Santos, passamos pelo município de Cubatão, localizado na Região Metropolitana da Baixada Santista. Conhecemos a sua história, em que no passado a cidade já enfrentou grandes problemas relacionados a poluição do meio ambiente, contudo, atualmente é visto como exemplo de planejamento e consciência socioambiental.

Poluição

Cubatão: Símbolo de Recuperação Ambiental

Poluição dos manguezais 

Santos abriga o que já foi chamado do maior complexo de favelas sobre palafitas do Brasil. 

O impacto da urbanização crescente nas áreas de mangue da Baixada Santista colabora cada vez mais para a diminuição da indústria pesqueira da região. A redução dos manguezais prejudica a reprodução das espécies que serviriam de alimento para os peixes da área costeira.

A redução dos manguezais prejudica a reprodução das espécies que serviriam de alimento para os peixes da área costeira.

Os mangues são o berço da cadeia alimentar marítima. Destruir estas regiões é como fechar uma maternidade.

Muitas “maternidades” estão sendo fechadas. Para se ter uma ideia, a maior favela da Baixada Santista, o México 70, foi construída totalmente em área de mangue.

Alguns moradores dizem conhecer o problema, mas justificam dizendo que falta opção. Se saírem dali não têm outro lugar para morar.

Além das invasões no mangue terem contribuído para destruir o que restou da vegetação nativa, outro grande impacto ambiental foi a instalação do lixão do Sambaiatuba, no lado de São Vicente, em 1965. Por mais de 30 anos ali foi o único depósito de lixo daquela cidade, depois desativado.

 

 

Mutações em animais

Recentemente, caranguejos apareceram com deformações em resposta a poluição dos manguezais

Segundo os pesquisadores, a contaminação do meio ambiente é proveniente do Polo Industrial de Cubatão, do Porto de Santos e dos lixões instalados na região. Além disso, o caranguejo-uçá 'mutante' chega na mesa dos brasileiros e coloca em risco a saúde de muita gente.

 

Água de Lastro

O uso da água de lastro faz parte dos procedimentos operacionais usuais do transporte aquaviário moderno, sendo fundamental para a sua segurança. Através da sua utilização planejada, é possível controlar o calado e a estabilidade do navio, de forma a manter as tensões estruturais do casco dentro de limites seguros. A água de lastro é utilizada pelos navios para compensar a perda de peso decorrente sobretudo do desembarque de cargas. Dessa forma, sua captação e descarte ocorrem principalmente em áreas portuárias, permitindo a realização das operações de desembarque e embarque de cargas nos navios. Os navios que transportam os maiores volumes de água de lastro são os navios tanques e os graneleiros.

 

 

 

Durante a operação de lastreamento do navio, junto com a água também são capturados pequenos organismos que podem acabar sendo transportados e introduzidos em um outro porto previsto na rota de navegação. Teoricamente, qualquer organismo pequeno o suficiente para passar através do sistema de água de lastro pode ser transferido entre diferentes áreas portuárias no mundo. Isso inclui bactérias e outros micróbios, vírus, pequenos invertebrados, algas, plantas, cistos, esporos, além de ovos e larvas de vários animais. Devido à grande intensidade e abrangência do tráfego marítimo internacional, a água de lastro é considerada como um dos principais vetores responsáveis pela movimentação transoceânica e interoceânica de organismos costeiros.

As principais consequências negativas da introdução de espécies exóticas e nocivas incluem: o desequilíbrio ecológico das áreas invadidas, com a possível perda de biodiversidade; prejuízos em atividades econômicas utilizadoras de recursos naturais afetados e consequente desestabilização social de comunidades tradicionais; e a disseminação de enfermidades em populações costeiras, causadas pela introdução de organismos patogênicos.

 

Impactos ambientais

Praias

Na Baixada Santista, somente 31 praias, de um total de 69, estão em boas condições, segundo a análise realizada no fim do mês de dezembro de 2013

 

Confira as condições das praias de Santos, segundo a Cetesb:

Ponta da Praia - Imprópria

Aparecida - Própria

Embaré - Própria

Boqueirão - Própria

Gonzaga - Própria

José Menino - Própria

 

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